Site com topografia muito inclinada precisava de uma ação emergencial para impedir que a migração das plumas de compostos clorados atingisse o corpo d’água adjacente.
Projeto executado em parceria com a consultoria ambiental SGW Services.
Água subterrânea em uma instalação industrial ativa localizada em São Paulo, Brasil, foi impactada com CVOCs, incluindo etenos clorados, etanos e metanos. Existiam duas áreas distintas da pluma que causavam preocupação: a primeira pluma media 50 m de comprimento x 50 m de largura x 4 m de profundidade (de 14 a 18 mbgs) com concentrações baselina de CVOCs totais de até 7.926 ug / L; a segunda pluma media 180 m de comprimento x 100 m de largura x 5 m de profundidade (de 18 a 23 m bgs) com concentrações baseline de CVOCs totais de até 1.099 ug / L e níveis mais baixos de zinco e cobalto.
Características do local
O local apresenta forte declive em direção ao corpo d’água adjacente e, portanto, o acesso foi restrito em algumas áreas. Silte é a litologia predominante e a velocidade linear da água subterrânea foi estimada em 18 m / ano. O nível do lençol freático varia em todo o local de 10 a 20 m. As condições de baseline eram relativamente óxicas com um OD de 1,2 a 5,1 mg / L e ORP geralmente variando de 100 a 130 mV. A água subterrânea é ligeiramente ácida com pH variando de 4,6 a 6,7. O objetivo foi tratar os CVOCs sem mobilizar os metais presentes no solo.
O desafio
A região da margem da represa é uma área de proteção ambiental, próxima à fonte de abastecimento de água da cidade. Nesta área em particular, a quantidade de matéria orgânica é alta.
Abordagem de Remediação
Considerando as áreas de extensão da pluma, restrições de acesso e concentrações relativamente baixas, uma abordagem de tratamento passivo usando múltiplas barreiras reativas permeáveis (PRBs) foi selecionada. As PRBs foram instaladas nas áreas da pluma por meio da injeção de agente remediador para promover a Redução Química In Situ (ISCR). O remediador é um aditivo sólido composto de liberação controlada de carbono orgânico complexo mais ferro zero valente, que estabelece rapidamente as condições de redução e promove a degradação abiótica e biótica dos CVOCs. O remediador foi injetado em consistência pastosa, via Direct Push, em dezembro de 2009. Em algumas áreas com acesso limitado para o equipamento de Direct Push, a aplicação foi executada manualmente.
Resultados
O monitoramento de desempenho subsequente realizado em janeiro, fevereiro, março e abril de 2010 mostrou até 99,8% de remoção total de CVOCs medida dentro das PRBs. Os resultados em poços de gradiente variaram com a distância das PRBs. Na Pluma da Área 1, as concentrações médias de CVOC medidas dentro da área-alvo diminuíram 90% em 120 dias (de uma baseline de 2.823 ug / L para uma média de 289 ug / L). Na Pluma da Área 2, as metas de remediação foram atingidas em 6 de 8 poços, no entanto, as concentrações permanecem inalteradas em dois dos poços centrais. Os PRBs foram espaçados entre 25 a 90 m com base no acesso. Portanto, considerando uma velocidade linear da água subterrânea de 18 m / ano, a remediação completa da pluma seria esperada após aproximadamente 5 anos.
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